Reunião LabHeN – 13/05/2021

No sétimo encontro de 2021, conversamos com o prof. José Luiz de Andrade Franco (UnB) sobre Uma trajetória na História Ambiental: caminhos e fronteiras.

O professor Franco se dedicou a investigar a relação da sociedade brasileira com a natureza do país e os movimentos de preservação e conservação do meio ambiente. Atualmente pesquisa a situação da onça-pintada (panthera onca) no Brasil. Seu trabalho também contribui para a elaboração de conceitos cunhados no estrangeiro, tal qual a ideia de wilderness, para pensar a realidade brasileira.

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Reunião LabHeN – 06/05/2021

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Em nosso sexto encontro, nosso recém integrante Pedro Moreira da Silva (Fiocruz – PPGHCS – COC), apresentou sua pesquisa sobre Plantas em conflito. O uso de recursos vegetais pelo exército imperial na Guerra do Paraguai

O trabalho apresentado é resultado da pesquisa desenvolvida no PPGHCS/COC – Fiocruz que originou a dissertação com o mesmo nome . Ele analisou as relações entre plantas, recursos vegetais e as tropas do exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Partindo de uma perspectiva não antropocêntrica, buscou abordar a centralidade das plantas e recursos vegetais no cotidiano dos militares. Os dados utilizados são referentes aos três primeiros anos do conflito (1865-1867) e à alguns locais específicos: as províncias brasileiras percorridas pela coluna expedicionária para o Mato Grosso (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), a cidade de Corrientes (Argentina) e as regiões fronteiriças entre Paraguai e Brasil e entre Argentina e Paraguai. O trabalho analisa duas condições distintas enfrentadas pelo exército brasileiro: momentos envolvendo itinerância, nos quais as tropas estiveram constantemente em marcha, e situações vividas em estruturas mais estáveis, sem marcha contínua, como os hospitais militares em Corrientes. As plantas e os produtos vegetais possuem uma relação extremamente íntima e simbiótica com o ser humano. Diversas atividades vitais da nossa espécie, como alimentação e combate à doenças, dependem diretamente de plantas. Na Guerra do Paraguai não foi diferente. A análise dos papéis desempenhados pelas plantas teve o foco nos processos de alimentação e cuidados com a saúde. Entretanto, mesmo que de forma relativamente secundária, alguns outros papéis também foram analisados e serão apresentados.

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O Projeto Mutirão de Reflorestamento do Morro da Babilônia

Texto de Natasha Barbosa
Arte de Bruno Capilé

O Morro da Babilônia está localizado no bairro do Leme na cidade do Rio de Janeiro. Este morro, junto ao do Leme e do Urubu, se encontra ao sul da Urca, do lado ocidental da entrada da Baía de Guanabara. Desde o século XVIII, grande parte de seu perímetro compõe espaço militar protetivo, que contou com a construção de baterias e fortificações, para impedir invasões à cidade. O nome do morro, dizem alguns, faz referências aos Jardins Suspenso da Babilônia, umas das sete maravilhas do mundo antigo, hipótese verificável para quem sobe suas ladeiras pelo meio da mata e aprecia a beleza vista de seu cume.

[As imagens aqui são interativas, passe o mouse ou clique nelas para mais informações]

Forte do Leme, localizado na Ladeira do Leme, renomeada como rua Coelho Cinta. Continua a ser conexão ao bairro de Botafogo. Ilustração do Forte do Leme em 1818. Fonte: Reproduzido na Revista Brazil Illustrado Anno1, n.2, p. 21, 1918. Imagem atual do Google Street View.

O morro abriga duas favelas com períodos distintos de formação: o Morro da Babilônia e o Chapéu Mangueira. Podemos tomar o começo do século XX como marco da identificação do morro como favela, posto em descompasso a cidade moderna que se pretendia com a grande reforma urbana daquele momento. Caracterizações depreciativas quanto ao espaço, aos tipos de moradia e aos moradores, bem como a destruição da floresta que guarnecia o morro, foram elencados ao longo do tempo para reforçar para justificar uma série de medidas a “problemática das favelas” na cidade.

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Reunião LabHeN – 29/04/2021

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Nosso convidado da quinta reunião do semestre foi o professor Stuart McCook, da Universidade de Guelph, Canadá. Seguindo a temática do semestre, o professor McCook compartilhou sua experiência de ensinar história ambiental.

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Reunião LabHeN – 22/04/2021

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Em nosso quarto encontro do semestre sobre ensino de história ambiental, convidamos o Prof. Adrián Gustavo Zarrilli da Universidade Nacional de Quilmes, Argentina, para falar sobre sua experiência.

¡No me pintes de verde!. Como enseñar historia ambiental y no morir en el intento.
Incorporar los contenidos de la historia ambiental a la enseñanza formal de la Historia implica un importante esfuerzo intelectual y pedagógico por parte de quien lo propone, para acercar este “campo” al más tradicional e institucionalizado. Pero por otro requiere que profesores, investigadores y alumnos dejen de lado algunos prejuicios y perspectivas más conservadoras, que les permitan abrirse al desafió que implica pensar la historia de la humanidad en relación a su medio ambiente. Aceptado pero no incorporado, podría ser el estado de en el que se encuentra de la Historia Ambiental en su integración a la enseñanza. Quizás podamos pensar juntos cómo hacer que esta situación se modifique, en dirección de una perspectiva historiográfica más amplia.

Confira a fala do Prof. Gustavo Zarrilli abaixo.