Encontro LabHeN – 14/05/2020

Pré-defesa da mestranda Natasha Barbosa – Os Jardins Suspensos do Morro da Babilônia: o Mutirão Reflorestamento na perspectiva da História Ambiental Urbana (1985-2015)

Neste encontro Natasha Barbosa apresentou sua defesa de mestrado intitulada Os Jardins Suspensos do Morro da Babilônia: o Mutirão Reflorestamento na perspectiva da História Ambiental Urbana (1985-2015). Natasha defendeu no dia 20 de maio de 2020, recebendo menção honrosa.

O Morro da Babilônia na cidade do Rio de Janeiro abriga uma floresta. Uma floresta recuperada por meio de ação governamental e comunitária. A ocupação do Morro da Babilônia e seu entorno remonta ao século XVIII com instalações militares protetivas, e posteriormente entre o final de século XIX e início do século XX sua população se avoluma como lugar de moradia para os pobres urbanos, com a constituição de duas favelas, Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, estabelecidas em períodos distintos. O projeto de iniciativa municipal Mutirão Reflorestamento foi implementado no Morro da Babilônia em 1995 após episódios de deslizamentos e incêndios, com objetivo de recompor a cobertura vegetal de encostas. Em 2001 a fase de plantio se encerra, a manutenção desta floresta urbana passa a administração da Cooperativa de Trabalhadores em Reflorestamento e Prestação de Serviços da Babilônia Ltda, CoopBabilônia, formada por moradores da favela do Morro da Babilônia. As interações com a natureza fazem parte da experiência humana e no cotidiano urbano estão presentes por meio de variadas estruturas construídas e conectadas ao meio biofísico. Por meio desta interação a História Ambiental Urbana busca compreender as relações entre sociedade e natureza, assim, este estudo propõe investigação sobre as transformações ocorridas na favela do Morro da Babilônia em dinâmica como seus moradores e o processo de reflorestamento. Os depoimentos obtidos através da metodologia de História Oral colaboraram nesta pesquisa para a apreensão das vivências e interações do meio ambiente desta favela ao longo do tempo, fazendo destas memórias um meio de vislumbrar parte da dimensão do convívio entre humanos e não humanos. As mudanças verificadas ao longo da execução e manutenção do reflorestamento na favela do Morro da Babilônia apontam para a potencialidade deste projeto como proposta ambiental viável para compor e proteger o meio ambiente urbano em interação com os cidadãos.

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