Reunião LabHeN – 11/11/2021

Neste encontro, contamos com uma apresentação didática versando sobre o tema “Fontes e Metodologias para a História Ambiental”, com a participação de nossos integrantes Gabriel Paes (Doutor em Geografia e Prof. do Departamento de Biologia da PUC-Rio), Hana Mariana Costa (Doutoranda em História Social pelo PPGHIS / UFRJ e Prof. da Educação Básica) e Natasha Barbosa (Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Historia das Ciências e da Saúde – Fiocruz). 

Resumo:

O presente encontro tem como objetivo expor e debater diversas fontes e métodos para pesquisas no campo da História Ambiental. Os apresentadores, a partir da construção de suas pesquisas, farão uma exposição sobre as contribuições e os limites de diversas fontes e métodos de pesquisa como a iconografia; a História Oral; a análise documental de arquivos históricos, depositados em museus e bibliotecas nacionais e municipais; o uso de metodologias próprias para amostragem da vegetação; processos padrões aos estudos de sistemática e anatomia botânicas; coleções biológicas, depositadas em herbários, nacionais e estrangeiros; além de técnicas de em cartografia. 

Reunião LabHeN – 04/11/2021

Neste encontro, demos continuidade aos debates textuais a partir da leitura de “Un lugar para relatos: naturaleza, historia y narrativa”, do historiador William Cronon. O texto foi apresentado por Lise Sedrez e Gabriel Paes.

Reunião LabHeN – 28/10/2021

Neste encontro, nossa colega de laboratório e doutoranda do PPGHIS/UFRJ, Millena Farias, apresentou sua pesquisa “A experiência demonstra a utilidade da medida”: O Imperial Observatório do Rio de Janeiro entre ciências, práticas e serviços no Brasil oitocentista (1827-1890).

Resumo:

Nesta apresentação, trato apenas da primeira metade do século XIX. Na primeira parte, discorro sobre o modo como o Imperial Observatório foi retratado pela historiografia da ciência, apontando problemas e questões que surgiram nas narrativas historiográficas em ordem cronológica. Em seguida, entro nas fontes para discutir o primeiro projeto de observatório e quais as características que ele apresenta, bem como sua recepção pelo corpo político no final da década de 1820, quando foi aprovado o decreto de criação.

Reunião LabHeN – 21/10/2021

Neste encontro, nosso colega de laboratório e doutorando do PPGHIS/UFRJ, Cainã Gusmão, compartilhou conosco sua pesquisa “O espaço público e sua Natureza: subjetividade e poder nas disputas sobre o meio ambiente em Niterói”.

Resumo:

Tomando como estudo de caso a emergência da questão ambiental na cidade de Niterói (RJ) nos anos 1980, a tese se insere no debate sobre a formação do ambientalismo enquanto fenômeno público no Brasil, que acontece, notadamente, nas últimas três décadas do século XX. Serão apresentados dois capítulos da tese. O primeiro abordando as principais hipóteses e reflexões que tem orientado o debate. O segundo capítulo busca, com base no estruturalismo genético de Pierre Bourdieu, compreender a relação entre a subjetividade de diferentes grupos que disputam a questão ambiental no período e a formação de um debate público ambiental em Niterói. Parte-se do seguinte pressuposto: a cultura legítima passa, na modernidade, a ser apresentada e reconhecida como universal, marginalizando, estigmatizando e desclassificando aqueles que não a possuem. Assim, há uma tendência à universalização do reconhecimento da validade de uma cultura cujas condições de acesso e domínio são restritas a uma minoria da população, e esse elemento é fundante da dinâmica do espaço público e dos conceitos que nele circulam (inclusive o de natureza). São analisadas entrevistas de ativistas, pescadores, documentos produzidos por movimentos ambientalistas e fontes sobre o debate ambiental da época investigando a sua relação com a dinâmica do espaço público de Niterói e como isso influenciou a formação do debate ambiental na cidade. 

Reunião LabHeN – 14/10/2021

Neste encontro, contamos com a apresentação do projeto de pesquisa do nosso colega de laboratório Bruno Capilé, com o título “História ambiental das transformações das paisagens ribeirinhas e das relações socioecológicas no rio Doce, Governador Valadares, MG”.

Resumo:

Em Governador Valadares (MG), a cidade possui uma relação histórica com a bacia do rio Doce e sua dinâmica de cheias e secas. A formação territorial propiciou uma diversa migração populacional que refletiu na heterogeneidade de seus usos sociais. A proposta é analisar como as relações sociais e ecológicas se deram ao longo do trecho do Rio Doce na cidade de Governador Valadares nas últimas quatro décadas. Nesse intervalo de espaço e de tempo, a sociedade valadarense transformou sua paisagem ribeirinha, assim como adaptou-se às suas dinâmicas fluviais – como na organização de redes de solidariedade durante eventos de crise nas grandes enchentes.  As históricas relações entre a população ribeirinha valadarense e o rio Doce foram afetadas drasticamente com a chegada da lama tóxica da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, em Mariana, no mês de novembro de 2015.  Com o desastre-crime, os moradores atingidos vêm se organizando, junto a outros grupos sociais, de modo a reivindicar seus direitos e serem ouvidos. De modo a compreender as relações socioecológicas e as transformações da paisagem fluvial serão utilizadas fontes históricas, dados científicos atuais, assim como entrevistas de valadarenses ribeirinhos, especialmente para dar voz aos atingidos pela lama da Samarco.