O LabHeN realiza encontros semanais, às quintas-feiras, observando o calendário acadêmico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nossas reuniões propõem discussões e apresentações sobre as muitas relações entre sociedade e natureza, contando com integrantes do grupo e pessoas convidadas. Alguns encontros estão disponíveis em nosso canal do YouTube.
No sétimo encontro de 2021, conversamos com o prof. José Luiz de Andrade Franco (UnB) sobre Uma trajetória na História Ambiental: caminhos e fronteiras.
O professor Franco se dedicou a investigar a relação da sociedade brasileira com a natureza do país e os movimentos de preservação e conservação do meio ambiente. Atualmente pesquisa a situação da onça-pintada (panthera onca) no Brasil. Seu trabalho também contribui para a elaboração de conceitos cunhados no estrangeiro, tal qual a ideia de wilderness, para pensar a realidade brasileira.
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Em nosso sexto encontro, nosso recém integrante Pedro Moreira da Silva (Fiocruz – PPGHCS – COC), apresentou sua pesquisa sobre Plantas em conflito. O uso de recursos vegetais pelo exército imperial na Guerra do Paraguai
O trabalho apresentado é resultado da pesquisa desenvolvida no PPGHCS/COC – Fiocruz que originou a dissertação com o mesmo nome . Ele analisou as relações entre plantas, recursos vegetais e as tropas do exército brasileiro durante a Guerra do Paraguai. Partindo de uma perspectiva não antropocêntrica, buscou abordar a centralidade das plantas e recursos vegetais no cotidiano dos militares. Os dados utilizados são referentes aos três primeiros anos do conflito (1865-1867) e à alguns locais específicos: as províncias brasileiras percorridas pela coluna expedicionária para o Mato Grosso (São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso), a cidade de Corrientes (Argentina) e as regiões fronteiriças entre Paraguai e Brasil e entre Argentina e Paraguai. O trabalho analisa duas condições distintas enfrentadas pelo exército brasileiro: momentos envolvendo itinerância, nos quais as tropas estiveram constantemente em marcha, e situações vividas em estruturas mais estáveis, sem marcha contínua, como os hospitais militares em Corrientes. As plantas e os produtos vegetais possuem uma relação extremamente íntima e simbiótica com o ser humano. Diversas atividades vitais da nossa espécie, como alimentação e combate à doenças, dependem diretamente de plantas. Na Guerra do Paraguai não foi diferente. A análise dos papéis desempenhados pelas plantas teve o foco nos processos de alimentação e cuidados com a saúde. Entretanto, mesmo que de forma relativamente secundária, alguns outros papéis também foram analisados e serão apresentados.
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Nosso convidado da quinta reunião do semestre foi o professor Stuart McCook, da Universidade de Guelph, Canadá. Seguindo a temática do semestre, o professor McCook compartilhou sua experiência de ensinar história ambiental.
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Em nosso quarto encontro do semestre sobre ensino de história ambiental, convidamos o Prof. Adrián Gustavo Zarrilli da Universidade Nacional de Quilmes, Argentina, para falar sobre sua experiência.
¡No me pintes de verde!. Como enseñar historia ambiental y no morir en el intento. Incorporar los contenidos de la historia ambiental a la enseñanza formal de la Historia implica un importante esfuerzo intelectual y pedagógico por parte de quien lo propone, para acercar este “campo” al más tradicional e institucionalizado. Pero por otro requiere que profesores, investigadores y alumnos dejen de lado algunos prejuicios y perspectivas más conservadoras, que les permitan abrirse al desafió que implica pensar la historia de la humanidad en relación a su medio ambiente. Aceptado pero no incorporado, podría ser el estado de en el que se encuentra de la Historia Ambiental en su integración a la enseñanza. Quizás podamos pensar juntos cómo hacer que esta situación se modifique, en dirección de una perspectiva historiográfica más amplia.
Prosseguindo em nosso terceiro encontro do semestre sobre ensino de história ambiental, convidamos o Prof. Reinaldo Funes Monzote da Universidad de la Havana, Cuba.
Fronteras de mercancías e historia ambiental de América Latina y del Caribe La idea de este curso es ofrecer un panorama de la historia de América Latina y del Caribe desde 1492 a través de los principales productos o mercancías que han marcado a las economías y sociedades de la región y sus implicaciones ambientales. Como parte del proceso de globalización, la apertura de nuevas fronteras de mercancías dejó una profunda huella sobre los ecosistemas de los que dependieron los productos demandados por las metrópolis o el mercado mundial. Existe una amplia literatura sobre las mercancías estudiadas, desde las plantaciones esclavistas al turismo de masas, pero muchas veces se desdibuja o se desconoce la variable ambiental, en la que se centra el curso. A través de este los estudiantes podrán entrar en contacto con buena parte de la bibliografía producida por el movimiento de la historia ambiental sobre temas latinoamericanos y caribeños.
Confira a fala do Prof. Reinaldo Funes Monzote abaixo